segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Glória Perez sobre caso Eloá: "Já vi esse filme"

Glória Perez, que sofreu na pele a perda da filha, Daniela Perez, em dezembro de 1992, num assassinato que abalou o País, comenta sobre o julgamento de Lindemberg Alves, em São Paulo, acusado de matar a ex-namorada Eloá Pimentel: “Ninguém discorda que o pior criminoso tenha direito a defesa. Mas o que é defesa? Aí começa o problema: tem advogado que confunde defesa com cumplicidade, ajudando o cliente a inventar versões e falando – não como seu porta-voz, mas como testemunha de fatos que não presenciou.”


E a novelista segue: “A Dra. Ana Lúcia Assad tem extrapolado nisso! Começou dizendo que Lindemberg é só um “menino”, ingênuo, apaixonado, vítima de uma conspiração para condená-lo por um crime, na verdade, cometido pela polícia e pela imprensa. Não contente, partiu para a desqualificação da testemunha que sobreviveu ao massacre promovido pelo anjinho que defende: disse que Nayara (amiga da vítima que estava com Eloá na hora do crime), orientada pelo advogado, estava mentindo e simulando choro. Como se alguém precisasse simular emoção ao recordar 100 horas de cativeiro, tortura e um tiro na cara! Mas a Dra. Ana Lúcia não ficou por aí: fechou a tarde de hoje desacatando a juíza, dizendo que a magistrada devia voltar a estudar!”

E Glória Perez conclui: “A tática é tumultuar, pra ver se cava alguma nulidade, o que traz muitas vantagens porque possibilita a soltura do réu e deixa a advogada mais tempo na mídia. Já vi esse filme – ao vivo e em cores! Ninguém é contra o direito de defesa, seja qual for o crime cometido! Mas há um limite ético que não deveria e não poderia ser rompido! Falta quem cobre!”

Fonte: IG

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