sábado, 11 de julho de 2015

Movimento #Terepresento - Roberto Parentoni, Advogado e Presidente do Ibradd (Instituto Brasileiro do Direito de Defesa)


 Na foto: Renato Artero, Ricardo Sayeg e Roberto Parentoni

É inaceitável que Dirigente da OAB-SP queira censurar, apequenar, humilhar, desrespeitar e desqualificar toda manifestação da Advocacia, que não seja “chapa branca", embora tenha surgido de legítimas demandas dos advogados militantes de todo o Estado de São Paulo.

A Ordem vem sendo, sim, omissa, em seu papel institucional, pois entende participação nas grandes questões nacionais como sendo a mera edição de notas oficiais inócuas e imagens publicitárias nas paredes e no site da instituição.

O custo da omissão na Ordem paulista é muito alto também para a cidadania. A Secional paulista vem ignorando seu papel de porta-voz do povo. São Paulo pauta o Brasil.

Advogado processa, representa, põe no papel, entra com a ação. É assim que ele intervém e a OABSP não ingressou com uma única medida judicial na atual gestão.

Quem se lembra de quando e qual foi a última ação civil pública impetrada pela OAB-SP no interesse do povo?

Na OAB-SP não há debate de ideias, proposituras, um olhar para o futuro da Advocacia e do País.
Advocacia está em grave crise, mercê da falta de liderança da OAB-SP.

Por culpa desta omissão, o advogado vive tempos sombrios, de vulnerabilidade da classe,
desprestigio e humilhação, no qual registramos episódios como o de colegas fazendo rifa para pagar procedimento cirúrgico.

Tem advogado passando fome e deixando a profissão para ser garçom, cabeleireiro etc., com todo o respeito a estas categorias profissionais.

O advogado tem de trabalhar mais para ganhar muito menos, se ganhar algo digno. Não tem tempo para nada. Sacrifica sua vida e, especialmente, sua família.

O advogado está sendo massacrado em seu escritório; e, principalmente, na esfera do Convênio de Assistência Judiciária por conta de honorários ridículos e dificuldade no seu recebimento.
Todos os dias, o advogado vê suas prerrogativas profissionais sendo violadas e relegadas a segundo plano.

Não é à toa que a OAB-SP se protege na desinformação da Advocacia. O distanciamento da Advocacia que a OAB-SP promove, deve ser estratégico, pois ela aparenta torcer para não ser notada.
Agora, ameaçada, a OAB-SP passa a querer censurar os movimentos de contestação alegando, como é próprio dos totalitários e fascistas, ilegalidade de manifestação, a pretexto de campanha antecipada, violando a liberdade de manifestação garantida constitucionalmente.

Ao restringir a campanha eleitoral, e querer envolver nela os movimentos de contestação, a menos de dois meses, num Estado de proporções nacionais como São Paulo, a OAB-SP demonstra que tem receio, medo, pavor, pânico de ser discutida.

A censura é a defesa rasa que vem deste pânico.

Isso nada tem de democrático, envergonha a gloriosa história da Advocacia, porque joga com a falta tempo para que os advogados desconheçam aqueles que possam representá-los, suas proposituras e participem das discussões mais relevantes. Concluindo, fiquem sem saber quem está ou não capacitado para o ser dirigente da classe.

Quem tem medo, pânico e pavor de críticas e do debate livre, aberto e de alto nível, no mínimo, não é transparente e revela-se apequenado, o que é totalmente incompatível com a altivez da advocacia.
Sobral Pinto ensina que "Advocacia não é profissão de covardes".

Este tipo de atitude de pouca estatura manieta a Advocacia a tal ponto que, o advogado está fragilizado e passou a ser ofendido e escorraçado em todos os setores do Poder Público, como se viu no declarado pelo Presidente da Câmara dos Deputados Federais.

Enfim, esse quadro sustentado pela OAB-SP atenta contra a transparência e as regras democráticas.
Não há nada de pessoal, mas, a OAB-SP passou dos limites. Temos de reagir e salvar a Advocacia deste mal.

Por isso, dizemos Basta ao que está aí. É PRECISO MUDAR! JUNTE-SE A NÓS!

Roberto Parentoni
Advogado e Presidente do Ibradd (Instituto Brasileiro do Direito de Defesa)

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