Quinhentos – sobre a batalha dos “torcedores”
São Paulo, Brasil. Lemos na internet que uma testemunha afirmou que eram 500 (do Corinthians) contra 500 (Palmeiras). Domingo, 25 de março de 2012. Cenário de guerra, selvageria pura, algo deprimente. A Policia Militar trabalha com a hipótese de que a “batalha” foi marcada pela internet. Saldo até hoje: dois mortos (Palmeirenses/Corinthianos).
Termópilas, Grécia. Leônidas está lá, em 480 a.C. e, com seus 300 melhores homens, tenta impedir a invasão Persa. O resultado, uma das batalhas mais heróicas da história. Presos num estreito desfiladeiro próximo ao mar, o ataque Persa foi devastador pelos flancos (graças a um traidor Espartano). Persas e Espartanos não se reuniram pela internet.
O tempo passa, o tempo voa, e nós não conseguimos melhorar muito. Independentemente dos motivos que levem os homens a praticar atos de violência, ou do número de mortos, numa época ou noutra, num momento ou noutro; no passado, no presente ou no futuro, o que deveria nos incomodar é o ato em si. E deveria haver reflexão. E vergonha.
Essa loucura, essa insensatez que move o homem muitas vezes (e não sempre – seria injusto com as pessoas que têm a Divina capacidade de expressar Amor), e que moveu especificamente essas pessoas nesse fatídico dia, não pode ser chamada de “encontro de torcidas”. A menos que sejam torcedores que torcem pelo mal.
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