sábado, 8 de agosto de 2009

Crime em Santos


Três anos depois do crime, Justiça de SP houve testemunhas de morte de oficial de justiça jogada em poço de elevador


SÃO PAULO - Com os depoimentos de quatro testemunhas marcados para a próxima segunda-feira, na Vara do Júri de Santos, deverá ser encerrada a fase de produção de provas do processo que apura o homicídio da oficial de justiça do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, Cláudia Regina Petri, de 42 anos. O crime ocorreu em 28 de agosto de 2006, quando a vítima foi encontrada morta no poço do elevador do prédio onde morava, no Gonzaga.

Denunciado pelo homicídio, o soldado da Polícia Militar, Wagner da Cunha, de 35 anos, marido da vítima, nega o crime e sempre respondeu ao processo em liberdade. Ele residia com Cláudia Regina e com a única filha do casal, uma criança de colo à época do fato, no edifício da Rua Mário Carpenter, 5. O prédio é o mesmo onde a oficial de justiça foi achada morta no poço do elevador, supostamente após ser jogada do 9º andar.

As testemunhas que deporão são uma da acusação e três da defesa. Encerrada essa etapa, haverá debates entre o Ministério Público e advogado do réu, cabendo ao juiz, oralmente, na própria audiência, ou por escrito, em dez dias, decidir se a denúncia procede ­ situação em que determinará a realização de júri popular. Mas ele ainda pode entender o contrário, absolver sumariamente o acusado ou desclassificar o crime para outro mais brando.

Segundo a denúncia do promotor Octávio Borba de Vasconcellos Filho, Wagner cometeu um homicídio qualificado pelo motivo torpe e emprego de meio que impossibilitou a defesa da vítima, além de cinco crimes de uso de documento falso. Somadas, as penas variam de 19 a 57 anos de reclusão. A Polícia Civil descobriu que o réu era beneficiário único de seguro de vida de R$ 410 mil realizado pela mulher um mês antes do crime.

Exame grafotécnico feito na apólice de seguro revelou que a assinatura da vítima constante no documento não emanou de seu punho. Esse tipo de exame detectou mais quatro fraudes em assinaturas da servidora do TRF que beneficiariam apenas o réu. Duas se referem a financiamentos de um carro e uma moto de luxo. As demais estão relacionadas a dois cheques: um depositado na conta do réu e o outro usado por ele na compra de uma pistola calibre 380.

Fonte: O Globo

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostaria de saber como ficou esse caso...ele está livre????Depois de todas as provas contra ele?
Cade a justiça???