terça-feira, 27 de setembro de 2011

Justiça sofre com “bandidos de toga”


Para corregedora nacional, Justiça sofre com “bandidos de toga”

Ministra Eliana Calmon criticou ação que tenta diminuir poder do CNJ | Foto: José Cruz/ABr
Da Redação
A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, criticou nesta segunda-feira (26) a iniciativa de uma entidade de juízes de tentar reduzir o poder de investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Acho que é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga”, disse a ministra, em entrevista concedida à Associação Paulista de Jornais (APJ).
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar nesta quarta ação proposta pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) restringindo poder de fiscalização do CNJ. A AMB pede que o CNJ só atue depois de esgotados os trabalhos das corregedorias regionais.
Na entrevista, Eliana Calmon criticou a resistência dos tribunais a serem fiscalizados pelo CNJ, citando o Tribunal de Justiça de São Paulo. “Sabe que dia eu vou inspecionar São Paulo? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro. É um Tribunal de Justiça fechado, refratário a qualquer ação do CNJ”, disse a corregedora.
O CNJ começou a funcionar em 2005 e já condenou 49 magistrados. Recentemente, porém, ministros do Supremo concederam liminares suspendendo decisões do CNJ que determinavam o afastamento de magistrados. Nos últimos dias, acusados de irregularidades tentaram evitar seus respectivos julgamentos antes de o STF se pronunciar sobre o CNJ.
Com informações da Folha de S. Paulo

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