A profissão de advogado é controvertida. Muitos a elogiam e muitos a
condenam. É, porém, a única que consta em nossa Constituição Federal, como
um dos pilares da Justiça e indispensável à sua administração.
A escolha da profissão de
advogado deve ser, como qualquer outra, pautada pela análise e reflexão
saudáveis e sensatas das habilidades e desejos profundos da alma, pois que
nascemos com uma missão a cumprir, o que torna a escolha da profissão uma
decisão árdua, mas dignificante. Ou seja, há que se ter vocação, talento,
predestinação. A contribuição dos pais, amigos e principalmente das
dificuldades encontradas para essa escolha, das quais as financeiras é uma das
mais difíceis, devem ser colocadas em lugares derradeiros e, de incontáveis
formas, serem dissolvidas.
1 - Quem escolher a profissão de Advogado, deverá estar preparado para
não ter reconhecida sua competência, mesmo “dando seu sangue” por uma causa – o
cliente sempre achará que, afinal, era um direito dele! - e, não obtendo o
sucesso esperado, saber que a culpa sempre será do Advogado, não importando a
dificuldade da própria causa e os elementos que a compõem. Portanto, terá que
ter desprendimento.
2 - Essa “ingratidão” não deverá, no entanto, ser motivo de desgosto.
Deve constar nas habilidades deste profissional o saber lidar com esta situação
e sempre fazer o melhor. Haverá sempre as exceções que trarão a satisfação e o
orgulho de ser um Advogado.
3 - Não se nega que muitos profissionais contribuem para a má visão que
muitos têm do advogado, pois agem irresponsavelmente, pensando apenas em
auferir lucros, sem se importar com a moralidade ou a integridade dos seus
atos. Isso, porém, não interessa àqueles que tomam sua profissão, e a tudo,
como a expressão da manifestação do que há de melhor em si, pois dentro da sua
atuação profissional ou de suas habilidades em qualquer atividade, está a
manifestação da própria vida.
4 - Assim, é necessário que se defenda a honra e a importância da
profissão de Advogado, o que é feito pela Ordem dos Advogados do Brasil – OAB e
pelos profissionais que a compõem. Temos, pois, o Código de Ética, que norteia
os desavisados, não sendo tão necessário aos que cumprem com suas obrigações e
têm dentro de si a percepção e a consciência dos requisitos dignificantes que
são necessários à sua atuação. Estes, além de bons advogados, são bons homens.
5 - Levemos em consideração que depende de cada advogado a manutenção da
boa fama e reputação de toda a classe. Apesar de toda a balbúrdia e intenções
contrárias, a Advocacia é dignificante e possui tradição, já que há uma
história da Advocacia, ordem social e jurídica no País.
6 - Aquele que escolhe ser advogado deve saber que a partir do momento
em que estiver apto a exercer sua profissão, ou seja, após realizado o exame da
Ordem dos Advogados do Brasil, obrigatório em todo o País, estará imbuído de
responsabilidades. Ao falar, ao comportar-se, ao agir, ao escrever, ao opinar,
ao atuar, não poderá mais portar-se como o estudante que, anos atrás, ingressou
nas lidas dos estudos jurídicos em uma Faculdade ou Universidade. Nem mesmo
como o mesmo homem. Já terá de ter-se adaptado ao mundo jurídico, moldando-se
às suas exigências, fato que será fator de sucesso na sua profissão.
7 - Se você detesta usar terno, gravata ou desgosta-se de leituras, se é
impaciente demais, ou se aborrece facilmente, terá vida curta dentro da
Advocacia. A menos que uma das suas qualidades seja a capacidade de adaptar-se.
Fraternal Abraço
Nenhum comentário:
Postar um comentário